A vitória da seleção nacional parece trazer consigo o condão
de abrir as nuvens e finalmente libertar os bancos de jardim para os seus fins…
comentar a vida alheia e namoriscar.
Finalmente temos o sol e os dias cinzentos transfiguraram
até os mais carrancudos em joviais adeptos da esplanada e do nada fazer. Posso
não esquecer que estamos num protetorado mal preparado contra as legiões
troikanas, mas é com satisfação que abraço o fim do status quo anterior e acolho a imagem da mesa repleta de
finos e cascas de tremoços, que aliada ao súbito encolhimento das
indumentárias, numa qualquer força
sobrenatural que predeterminam a rarefação dos tecidos nos corpos ou mix de
física e química com queda para o delírio do riso fácil e sem razão aparente, nos
transporta para um estado de alma que nos aproxima, por alegoria, ao
desabrochar das flores.
Diria um portista (por acaso disse mesmo): “até a mudança de
treinador abriu o sol… estava a tardar”.