terça-feira, 18 de junho de 2013

FAFE CIDADE DO DESPORTO


 
Chegado o fim deste fim, estou a falar do fim de semana passado e do anterior, será porventura hora de analisar, ou esmiuçar como esteve na moda durante algum tempo, alguns aspetos que ao longo dos últimos dias irradiaram para além das respetivas efemérides.

Estou a referir-me em particular a três eventos que decorreram na Praça 25 de Abril e que mostraram quer as capacidades, quer as debilidades desta nossa cidade de Fafe. A estes eventos somarei o colóquio “Desporto em debate” que decorreu na Casa da cultura, por querer centrar esta análise sobre as potencialidades locais e respetiva capacidade de atração/projeção.

Se por um lado tivemos o espetáculo da presença dos motas do 15º Portugal de lés-a-lés, com animação e esplanadas cheias, por outro lado sentia-se que este público, abonado e curioso dos locais que visita, se sentiam, aqui e ali, perdidos fora da dita estrutura logística acampada no centro. Sim, nesse dia criaram-se muitos episódios envolvendo estes guerreiros da estrada, alguns bem curiosos como um grupo que queria visitar Fafe após o jantar mas foi necessário chamar um táxi de Guimarães para tal...

Ainda a Feira Tradicional do Concelho organizada pelo Rancho Folclórico de Fafe, onde a gente da terra se reencontra no presente com o passado, com presença de alguns “feirantes” de fora, mas que não se consegue, para já, projetar fora do concelho nem ser o motor de um cartaz turístico estratégico.

Mesmo com o S. Pedro aborrecido, tal como o país, a alegria de uns e outros e o reencontro com o centro nestes eventos mostra que será sempre uma aposta ganha a escolha deste local de eleição para todo o tipo de evento. Certo que também ouvi perguntar se faz sentido uma concentração motar e um dia sem carros no mesmo local, mas também não é menos verdade que este espaço pode e deve responder a todo estes tipos de manifestações e o pluralismo é algo a preservar.

Mas regressando ao início desta reflexão: estaremos a explorar todo o potencial turístico da cidade e por arrastamento do concelho? Existe estratégia turística local ou estaremos a dispersar esforços e meio?

Sobre esta última pergunta, e sobre a Feira Medieval promovida pelo Agrupamento de Escolas de Fafe, olhando a que a relação custo benefício deve sempre estar subjacente quando estamos a avaliar iniciativas com apoios públicos, penso que em termos estratégicos a iniciativa não se apresenta como mais valia turística, sobretudo se usarmos por termo comparativo as jornadas literárias, já em termos de inovação pedagógica o Agrupamento está de parabéns, pelo que a realizar-se no futuro uma segunda edição esta deverá concentrar-se num espaço de tempo mais curto ou envolver outras instituições e com melhor divulgação, pois embora a espaços espetacular, a iniciativa careceu de público, publico esse que poderia, diga se de passagem, ser em número superior se não se tivessem incompreensivelmente condicionado o trânsito na praça durante o fim de semana, pois o evento apenas decorreu do lado da arcada.  

Já quanto à aposta no desporto como grande referência do concelho, confesso que a ideia, não sendo minha, ganhou a minha simpatia e faz sentido em várias dimensões, mas em debate revelou-se assustadora a falta de planeamento concelhio para esta área. Por outro lado quando um “atleta” dos desportos motorizados sinaliza que temos de exigir provas com maior duração em benefício da indústria hoteleira, já que estamos a contratar um serviço, temos de estar atentos, pois o mesmo acha que face ao peso da região de turismo do algarve dificilmente voltaremos a ter WRC em Fafe... é pena, pois é em Fafe que outros encontram o local ideal para organizar parte das suas provas.

Qual a sua opinião? Devemos ou não apostar na estadia de turistas ou apenas no bom acolhimento nestes eventos? Precisamos de uma gestão profissional do centro e de um bom centro de informação turística? Estarão os nossos operadores turísticos locais preparados para o que é necessário? Que necessidades são mais urgentes ou estas não existem?

Na minha opinião já temos muitas e boas iniciativas, mas que carecem de um aprofundamento de preparação profissional se quisermos ombrear com o quadrilátero urbano do Minho… mas este espaço também é de discussão, deixe os seus comentários.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ainda o Royal Center



Relativamente à questão do défice hoteleiro em Fafe e à proposta dos responsáveis pela candidatura do PSD à Câmara Municipal em instalar no Royal Center uma unidade hoteleira: este défice foi recentemente assumido pelo atual executivo camarário no Seminário sobre “Turismo de Natureza”, organizado pela Licenciatura em Turismo da ESTF, com o apoio do Turismo Porto e Norte e da Naturfafe, onde foi taxativamente afirmado que face a este mesmo problema tem a câmara “contratado” dezenas de quartos em Guimarães, para alojar staff, atletas e demais pessoas ligadas aos maiores eventos que temos ultimamente acolhido no concelho, nomeadamente Rally, final da Taça de Basquete, entre outros.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Regresso ao passado, o presente e o futuro


 
Quem por este dias circulou por Fafe certamente não terá ficado indiferente ao crescimento micológico dos cartazes alusivos às eleições autárquicas. Sim, porventura será difícil encontrar alguém que não tenha já comentado tão imponentes presenças que nos entram pelas viaturas adentro. A colocação quase simultânea dos cartazes de socialistas e independente poderá ter sugerido a abertura de velhas guerras em vêsperas de apresentação dos últimos, mas para já os apelos são amenos e positivos e assim se desejam para serenidade do evento outonal, por outro lado a profusão de meios à disposição das crianças (e respetivos pais) na praça 25 de Abril em dia de apresentação da referida candidatura independente, apenas pretendia deixar  vincada na memória das mesmas uma tarde de divertimentos bem passada. Sim meus senhores, a campanha está aí, na rua e nas redes sociais, na barbearia e na esteticista, no café e na igreja, não vale a pena olhar para o outro lado, cabe isso sim a cada Fafense ir ajuizando e conhecendo as propostas e os candidatos para depois decidir em consciência.