segunda-feira, 22 de abril de 2013

Norte e Sul


Rali Portugal 1993 Figueiró dos Vinhos e Campelo

Embalado pelo fado académico, deixei que a minha bagagem se perdesse para este norte de bússola desnorteada, dada a minha condição de nativo gaulês, para encontrar gente frontal mas hospitaleira, que recolhida à sombra matinal do monte longo olha para o mesmo como palco de espectáculos e emoções de sucessivas gerações de gente apaixonada.

Estarei obviamente a falar de rally, não apenas para aflorar o regresso a glorioso passado que por estes dias inflamou a mente e corpo da afición, mas para tocar em algo mais melindroso como a guerra coreana à portuguesa. Sim, essa dos rojões e do xarém ou de “onde deve” o Sr. Jean Todt estacionar a sua autocaravana.
Serei faccioso, não por residir há mais de quinze anos em Fafe, mas por ter vivido alguns anos no pinhal interior onde Chimpeles e Campelo eram rainhas e por esses dias e onde, tal como por cá, as passadas eram apressadas e moviam avidamente legiões de PEC para PEC.

E aqui entra a análise retro, qual jogo bipolar, pois se quero o regresso do WRC, também desejo que o mesmo possa oferecer segurança para quem vai assistir, mas também para quem reside nos espaços de ligação. É certo que hoje deixaremos de tourear os bólides ou perderemos de vez acesso à dose certa de adrenalina, assim, deixo aqui o apelo para que todos tenham noção da preciosidade deste retorno e que o mesmo possa perdurar no futuro.

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