segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A essência


Entrada da quadra natalícia, final de ano, chumbo do constitucional e alguém pergunta quem foi o responsável por cortar a luz, disse cortar e não apagar como quem distingue entre definitivo e reversível, pois claro.
Sim, apesar do advento que até era propício a levantamento deste tempo de marasmo caricaturado de “crise”, vimo-nos todos confrontados com a forte possibilidade de, até ao verão, se descobrir finalmente o segredo para uma linha esbelta e sem gordura (deixem a imaginação divagar por 3 segundos).
Não, não venho escalpelizar sobre os responsáveis dentro e fora de portas deste nosso outrora oásis à beira mar plantado estar murcho e sem água, mas queria aqui e hoje mostrar a minha preocupação sobre os sentimentos mistos e confusos que milhares de portugueses hoje sentem pela primeira vez… ao enfrentarem um trabalho no estrangeiro e serem pela primeira vez rotulados de “novos emigrantes”. A verdade é que este novo êxodo, que alguns rotularam de diáspora, traz em mim as memórias de tempos idos, histórias na primeira pessoa em estações de comboio envolto em malas e saudades de lugares onde não me era reconhecida pertença.
A todos aqueles que neste momento não podem partilhar com a família e amigos o conforto e calor das suas amizades, quero deixar dois votos, que consigam enfrentar esta ausência de ser com a alma e resiliência do nosso povo e que singram contra marés no alcance da felicidade onde se encontrem.

Foto:
Helder Torres – Essência de Portugal – Canon 450D . 50mm . f/22 . 15″ . ISO 100

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